Capitulo 145

Mal consegui pregar os olhos a noite toda, rodei a casa inteira pela madrugada e nada do sono vir. Velei por horas o sono da minha loira. Deitei a abraçando por trás e sentindo seu cheiro que eu tanto amo acabei sendo embalado por um sono que parecia não ter durado nada. Acordei e o sol já raiava, minha princesa dormia serena na cama e depois de a dar um beijinho na testa e em sua barriga segui para o banheiro, tomei um banho gelado bem demorado e depois desci e minha mãe colocava a mesa do café e meu pai sentado lendo seu jornal.

- Bom Dia! – Sentei ao seu lado.

- Bom dia filho caiu da cama? - Brincou.

- Mal preguei o olho pai, vai pra central já?

- Vou sim filho, aconteceu alguma coisa?

- Nada demais.

- Certeza filho? - Minha mãe me olhou serena e eu suspirei fundo, ela me conhece bem.

- Briguei com a Carol ontem e falei um monte de coisa pra ela, só me arrependi depois de ter falado.

- Deixa eu adivinhar. Você exagerou na superproteção sem precisar.

- Pai eu só to tentando fazer o que a medica mandou, mas a Caroline é demais de teimosa. E não é superproteção eu só to tendo cuidado.

- Filho a gente entende que você quer somente o bem pra ela, mas as vezes você pega pesado. Ela não pode colocar o pé pra fora de casa que você faz um furdunço. As coisas não são assim, o que a médica quer dizer com repouso é não fazer coisas que possam forçar a barriga e cansar muito. Agora você proíbe ela ate de andar, caminhar faz bem pra ela e pros bebes.

- Vocês tão do lado dela? Beleza então quando acontecer de novo dela parar no hospital vocês que vão lá socorrer ela – Me irritei.

- Não estamos do lado de ninguém, manera na grosseria ai que somos seus pais – Meu pai se alterou – Sua mãe só ta querendo dizer que você precisa maneirar nesses seus cuidados porque a deixando irritada faz um mal pior ainda do que ela não repousar. Enquanto você está viajando ela só fica trancada dentro de casa e não sai pra nada, quando sua mãe vai ao supermercado e a chama precisa de ver o sorriso que ela dá – Me lembrei do sorriso lindo que ela me deu quando a chamei pra ir no Rober ontem – Procura entender Luan, repousar é chato demais e ela só quer poder curtir as coisas que ela pode. Você a proibiu de tudo, não se dá conta de como ela possa estar?

- Eu sei vocês tem razão – Abaixei a cabeça me sentindo culpado – Desculpa.

- Não é a nós que você precisa pedir desculpas filho e sim a ela.

- Eu sei vou conversar com ela.

- Só toma cuidado filho ela ta sensível demais, gravidez meche muito com os hormônios da gente – Sorri de canto assentindo.

- Pode deixar Mamusca.

- Vou arrumar uma bandeja de café e você a leva no quarto – Assenti – Já é um passo pro perdão – Piscou e eu sorri.

Terminei meu café enquanto minha mãe arrumava tudo do jeito que a Carol ama, com todas as coisas que ela é acostumada e tinha até o bolo que ela mais ama. Chocolate com Cereja.

- Toma filho, comprei esse bolo na padaria hoje pra ela porque ela tá com vontade tem dias – Sorri agradecendo e subi com a bandeja.

Cheguei ao quarto e ela não estava mais na cama, ouvi o chuveiro se fechando e sentei na cama a esperando. Ela logo saiu com uma toalha enrolada ao corpo e outra na cabeça, pegou o hidratante e começou a passar pelo corpo sem notar que eu estava  esperando só observando na cama ela do closet. Vestiu sua lingerie e depois um vestidinho florido onde marcava bem sua barriga bem grandinha. Quando ela enfim me viu, seu semblante sério se instalou e me olhou enquanto voltava ao quarto.

- Oi! Bom dia – Levantei aproximando dela e tentei a dar um selinho e ela virou o rosto acertando sua bochecha, suspirei fundo – Trouxe café pra você.

- Obrigada, mas eu como lá em baixo – Foi a frente do espelho pentear o cabelo.

- Carol, olha eu to tentando me redimir pelo que eu fiz. Trouxe o bolo que a minha mãe comprou pra você e quero conversar, pedir desculpas – Cheguei mais perto e ela virou pra me olhar.

- Eu cansei! Não to mais aguentando esse seu jeito. To sufocada, irritada, com raiva desse seu jeito de me proibir até de sair na esquina, quando você não ta aqui eu fico trancada nesse quarto vinte e quatro horas, não saio nem pra comer,sua mãe ou sua irmã me trazem aqui e não me deixam lavar nem um talher sequer. Ai quando você chega quero aproveitar ficar com você, te mimar fazendo algumas coisas e você vem com cinco pedras nas mãos e me fala barbaridades como ontem. Me fez parar de trabalhar, de fazer o que eu amo. Me proibiu de passear de fazer tudo que eu sempre fiz e ainda posso fazer mesmo estando grávida. Coloca uma coisa na sua cabeça que eu estou gravida não doente e não preciso ficar sendo vigiada o tempo todo nem que me falem o que eu posso ou não fazer. Eu cansei Luan de escutar você calada e te obedecer pra não te chatear. Eu amo quando você se preocupa comigo ou com seus filhos mais entenda que eu não quero o mal a nenhum de nós, eu quero tanto esses bebes como você e jamais faria algo que pudesse prejudicar eles. Mas do jeito que tá não dá, ou você melhora e diminui esse exagero ou eu vou te abandonar – Despejou tudo em cima de mim e eu a olhava assustado por seu tom de voz seco e uma dor forte no peito quando ela mencionou me abandonar que eu precisei de tempo pra raciocinar.

- Você ta querendo me deixar é isso? - Ela fechou os olhos e uma lágrima escorreu deles.

- Não, não é isso que eu quero. Mas se você continuar do jeito que esta é isso que eu vou fazer – Ela me olhou e suspirou fundo – Nosso casamento mal começou e a gente só vive brigando depois que descobrimos a gravidade da minha gravidez.

- Eu sei que eu to exagerando e já percebi meu erro. Quero reparar e pedir desculpas por isso, eu vou me controlar mais e deixar você livre – A olhei triste e segurava a dor que instalou em meu peito – Só não me abandona, eu preciso de você aqui comigo, do meu lado. Sem você eu perco o chão. Eu te amo demais Carol e não sei o que é viver longe mais. Me perdoa meu amor – Aproximei tocando seu rosto e ela fechou os olhos – Me perdoa e me ajuda a maneirar no cuidado.

- Eu não vou te abandonar – Me olhou e colou nossas testas – Eu te amo demais pra ter coragem de fazer uma coisa dessas. Eu te perdoo meu amor. – Grudei meu lábio no seu num beijo calmo e com minha língua explorava toda extensão de sua boca, a aproximei mais de meu corpo e ela acariciava minha nuca puxando meus cabelos dali enquanto ainda sugava sua boca pra mim. Como eu amo beijar sua boca, sentir seu gosto, como eu a amo.

- Te Vivo! – Beijei seu pescoço a apertando em mim

- Te vivo ainda mais – Me deu mais um beijo e encerrei mordendo seu lábio.

- Vem comer, queria te acordar com essa bandeja mais você acabou com a minha graça – Ela riu e selou meu bico.

- Não seja por isso volto a me deitar e finjo dormir – Eu ri negando.

- Tenho mais 5 dias pra fazer isso ainda – Me sentei e a coloquei em meu colo.

- Cinco? - Ela me olhou sorrindo grande assenti – A gente podia aproveitar esses dias e ir pra casa da minha mãe né, queria ir pra minha chácara to com saudades do campo.

- Eu tinha outros planos pra gente esses dias, na verdade eu tirei esses cinco dias pra gente ir atrás de umas coisas.

- Que coisas?

- Procurar uma corretora de imóveis, uma decoradora e tenho algumas surpresas pra você – A olhei com cara de sapeca.

- Que você tá aprontando moreno? Vamos procurar nossa casinha? nosso cantinho? - Sorria curiosa e eu assenti.

- Tenho certeza que você vai amar, agora come dona Caroline que você precisa se alimentar – Ela me olhou de canto e eu ri – Foi só uma alerta – Levantei as mãos pro céu em forma de rendimento – Você vai ter que ter paciência e me ajudar a controlar. – Ela assentiu me dando um selinho.

- Esse bolo ta muito bom, quer? - Assenti e abri a boca recebendo um pedaço.

- Ta bom mesmo cara, minha mãe nem me deu um pedaço. Tirou direto da geladeira só pra norinha preferida dela – Fingi indignação.

- Espero que a única também – Me olhou séria.

- Claro que é, única e especial. – Selei seus lábios todo cheio de chocolate – Quero mais Mô tá muito bom isso. – Ela comeu o bolo se lambuzando toda e eu ria dela e fui limpando sua boca com a língua e ela fazia careta.

- Quero mais – Fez bico quando acabou.

- Vou lá buscar sua manhosa – Ela vibrou e eu levantei rindo a deixando na cama que já começou a beliscar as frutas que tinham ali e tomando seu leite. Quando voltei ela ainda devorava as coisas e eu ri – Toma gordinha, só não vá passar mal depois.

- Não vou, os enjoos tão diminuindo já. E isso é desejo então eles serão bonzinhos e não me farão vomitar – Pegou o prato da minha mão e começou a devorar mais um pedaço – Porque você ta me olhando assim?

- Assim como? - Perguntei saindo do transe.

- Concentrado sei lá.

- Porque eu amo ficar te olhando – Ela corou – Amo ficar horas velando seu sono, seus movimentos, suas caras e bocas enquanto ta comendo, amo até você irritadinha comigo.

- Bobo.

- Bobo completamente apaixonado por você – Ela sorriu e se aproximou segurando meu rosto e me enchendo de selinhos, mordi seu lábio e iniciei mais um beijo – Te amo loirinha marrenta.

- Te amo ainda mais meu moreno – Quando ela acabou descemos levar as coisas até a cozinha e ela sentou no balcão ao lado de minha irmã.

- Aonde você vai tão cedo assim piroca? - Perguntei ao vê-la toda arrumada.

- Nós vamos para um dia beleza.

- Como assim nós?

- Eu, Carol e Mamãe – fez cara de desdém, olhei para Carol e antes de falar alguma coisa respirei fundo me lembrando de minha promessa.

- Só toma cuidado e não fica muito tempo sem comer tá? - Me aproximei colocando uma mecha de seu cabelo atrás da orelha e ela assentiu – Se você fizer ela andar e se cansar muito te bato hein?! - Olhei pra minha irmã e ela revirou os olhos – Cuida dos seus sobrinhos e dela por mim – Ela assentiu e eu dei um beijo em sua testa e na da Carol e fui pro quarto.

Eu tava chateado sim mais eu prometi a ela me controlar e pelo bem do nosso casamento e seu próprio bem eu a daria um voto de confiança. Bufei e me joguei na cama pegando meu celular e tentando me concentrar em alguma coisa pra não ficar pensando nisso e me estressar.

- Moreno to indo daqui a pouco eu to de volta tá? - Parou na porta a segurando e eu assenti a olhando.

- Da beijo?!  - Fiz bico e ela se aproximou sorrindo, selei nossos lábios – Se cuida tá?

- Pode deixar, se cuida aqui também. Te amo –Saiu pela porta e eu voltei minha atenção ao celular, passei a manhã conversando com as minhas fãs no twitter que estranharam o horário de eu estar acordado e me arrancava varias risadas das coisas que elas falavam.

" Eita Luan, Carol estressou de vez e despejou tudo em cima do coitado. Será que ele vai dar conta de diminuir os cuidados em excesso? Espero que tenham gostado e desculpa se os capítulos estão saindo curtos ou pequenos mais eu to com meu notebook ruim e ai to escrevendo pelo celular hoje. Comentários do capitulo anterior respondidos kkk Beijoos"