terça-feira, 7 de abril de 2015

Capitulo 109

Chegamos e seus pais logo atrás, descemos e entramos todos juntos. E mesmo meu namorado ainda meio irritado pelos garçons segundo ele ficarem me cobiçando o jantar foi tranquilo e animado.
- Vou me encontrar com o Lucas em uma boate aqui você pode me deixar lá Pi? - Bruna pediu assim que saiamos do restaurante e esperávamos os carros.
- Deixo – Nos despedimos brevemente de meus sogros e deixamos Bruna em seu destino – Você quer ficar? - Perguntou quando chegamos.
- Você que sabe – Dei de ombros.
- Vamos gente – Bruna nos chamou e resolvemos ficar. Subimos até o camarote e a galera em peso estava lá. Sorocaba com uma nova peguete, Fernando e a mulher, Dudu e Bel, Fábio e a mulher e mais alguns que eu não conhecia e Luan me apresentou.
As mulheres logo se juntaram em um canto perto da roda dos homens e começamos a nos divertir. Riamos de alguns caras pra lá de Bagdá que nos passavam cantadas e mal se aguentavam em pé. Meu namorado de longe observava sério, sabia que teria problemas mais tarde. Porém não tinha culpa, um deles havia mexido em meu cabelo e tenho certeza que ele havia visto. A todo tempo dávamos fora em todos eles mais teve uma hora que cansamos e voltamos para o meio dos homens, agarrei Luan carrancudo e mordi sua mandíbula que nem se moveu. Apenas sua mão permanecia em minha cintura segurando forte, doía, porém eu pedia em vão para ele não apertar.
- Tá machucando da pra parar? - Pedi quando ele apertou mais forte. Ele afrouxou mais ainda segurava minha cintura forte.
- Vamo embora – Ele disse depois de um tempo, assenti enquanto ia se despedindo de todos e eu fiz o mesmo. Ele tava completamente azedo e eu me calei o caminho inteiro, iria o ignorar pra aprender a deixar de ser assim.
Chegamos a sua casa e eu subi para seu quarto direto enquanto ele fechava tudo e subia logo atrás. Entrei no banheiro e tranquei a porta pra não ter perigo de ele entrar e tomei um banho depois de tirar toda a maquiagem. Vesti-me com uma camisola curta e me deitei na cama em seu lado que já estava somente de cueca e com os braços cruzados atrás da cabeça vendo TV.
Virei para o lado e me cobri, até o pescoço de costas a ele.
- Vai dormir já
- Vou – Respondi seca e ele abaixou o volume da TV. Deu um beijo em meus cabelos e me desejou boa noite. Ignorei e ele bufou voltando a se deitar. O sono logo me venceu e apaguei.

 Acordei no dia seguinte e Luan ainda dormia, Fiz minha higiene e desci. Dona Marizete estava sentada na sala vendo o programa da Ana Maria.
- Bom dia Sogra – abracei-a sentando ao seu lado.
- Bom dia norinha, o café ainda ta na mesa. Amarildo acabou de sair, fique a vontade a casa é sua – Eu agradeci e segui para a cozinha. Tomei meu café e lavei o que havia sujado e me juntei a ela na sala. Logo Bruna desceu e depois de nos dar bom dia seguiu para cozinha onde fez uma bandeja de café e levou para o quarto.
- Lucas ta ai? - Perguntei minha sogra.
- Deve estar minha filha, eu nem fui pro quarto dela hoje – Respondeu calma. Meus sogros eram tão liberais que eu até me assustava às vezes por eles agirem normalmente com algumas coisas. – Que horas vocês embarcam?
- Depois do almoço, preciso ir pra casa arrumar o restante das malas ainda – Disse dando um pulo do sofá.
- Aproveita e acorda o Luan já minha filha porque senão ele vai esquecer-se da vida e só vai acordar lá pelas cinco da tarde – Concordei rindo enquanto subia as escadas.
Cheguei ao quarto e ele se espreguiçava na cama. Olhou-me sorrindo e eu sorri fraco.
- Bom Dia – Disse rouco.
- Bom dia – Respondi e segui para seu closet pegar minha bolsa enquanto ouvia passos atrás e a porta do banheiro se fechar em seguida.
- Aonde você vai?
- Minha casa – Peguei minhas bolsas e fui saindo mais ele parou em minha frente.
- A gente não ia viajar?
- Por isso to indo pra casa – Respondi sem paciência. – Se você me deixar passar – Sorri irônica.
- Amor – Passou a mão no cabelo bagunçado – Para de me tratar assim, você sabe o quanto me machuca. Eu errei e sei disso, desculpa vai – Me abraçou colocando a cabeça em meu pescoço. Respirei fundo e o abracei forte.
- Desculpo.
- Eu te amo muito bonequinha – Passou o polegar em meu  rosto e me olhava fundo nos olhos – Eu sempre vou ter ciúmes de você, porque quem ama cuida, sente ciúme, briga, bate se for preciso pela pessoa. E eu sou capaz de bater em quem for que encostar em um fio de cabelo seu – Colou nossas testas e me beijou, um beijo calmo, sereno e transbordando amor.
- Eu sei amor, eu também sinto ciumes de você. E sempre fui a mais possessiva da relação mais agora o jogo ta se invertendo. Você ta muito possessivo coisa que nunca foi - Acariciei sua barba.
- Eu sei, mas não sei o que ta acontecendo. Eu surto só de ver um homem olhar pra você. Talvez eu teja inseguro não sei - Murmurou triste.
- Inseguro? - Olhei embasbacada - Tem necessidade? Te dou motivos pra não confiar em mim?
- Não claro que não. É que sei lá tenho medo de alguém puder te fazer mais feliz que eu por ser normal.
- Você me faz feliz e isso basta - Ele sorriu de canto e eu o beijei. - Eu preciso ir pra casa buscar minhas coisas – Disse assim que separamos nossos lábios.
- Espera eu tomar café e vou com você e de lá vamos pro aeroporto direto – Eu assenti, ele se vestiu e já desceu com suas malas para baixo e as deixou num canto perto da porta. – Bom dia Mamusca – Deu um beijo em sua mãe e seguiu pra cozinha, me sentei junto a ela e voltamos a conversar até meu noivo gritar da cozinha escandaloso me chamando.
- Que foi criatura?!
- Fica aqui comigo – Falou de boca cheia e o olhei repreendendo que riu. Sentei do seu lado e fiquei mexendo no celular enquanto ele comia – Eu chamo a muié pra me fazer companhia e ela gruda no celular – Fez cara de desdém e eu ri.
Depois de nos despedirmos de sua família fomos para meu apartamento e eu acabava de arrumar a mala sob o olhar de Luan em algumas de minhas roupas.
- Até agora só vi roupa comportada  - Ele me olhou sem graça – Meu ciúmes as vezes me cega.
- Às vezes? - Ri irônica – Sempre te cega, minhas roupas são e sempre vão ser comportadas. A sua irmã é menor que eu por isso as roupas dela aparentam ser curtas em mim, já cansei de falar que eu não sou como essas mulheres que precisam mostrar o corpo para os homens pra mostrar o quanto são lindas. A beleza tem que vir de dentro, não de fora.
- É por isso que eu me apaixonei por você – Ele sorriu vindo ate mim e me dando um beijo calmo – Pela sua simplicidade e pela sua beleza interna. Ai de brinde veio à beleza externa – Me rodopiou e eu ri.
Terminei de arrumar e ele desceu levar para o carro enquanto eu fechava toda a casa e deixei as coisas de pipoca arrumadas pra ele dormir na lavanderia. Cida viria todos os dias para dar atenção a ele e comida, já que Regina está em Londrina resolvendo os acertos do casamento e sua nova casa.

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