domingo, 6 de setembro de 2015

Capitulo 183

Carol Narrando

Regina havia me ligado pra avisar que estava em São Paulo para uma reunião e que precisaria falar comigo antes e me deu o endereço do hotel, segui para lá sem ao menos avisar Luan por andarmos estranhos um com o outro. Cheguei e na recepção me mandaram subir direto para seu quarto, a abracei forte assim que ela abriu a porta e entrei em seu quarto.

- Que carinha mais xoxa é essa polentinha?
- Não é nada - Sorri amarelo
- Te conheço como a palma da minha mão, sei quando você ta mal então trate de desembuchar logo 
- Luan e eu andamos meio afastados, desde que a gente casou só sabemos brigar vida. Não aguente mais isso, todo dia ele arruma motivos pra discussão - Só percebi que chorava quando ela limpava meu rosto.
- Calma meu amor, me explica tudo - Fez -me deitar em seu colo e eu desabafei com a melhor amiga que eu já tive. Ela me encheu de conselhos e passamos assim a tarde matando a saudades e colocando toda a conversa em dia acompanhadas de um brigadeiro de panela que pedimos, relembrando os tempos que morávamos juntas e fazíamos muito isso.
Conversamos sobre o tal jantar e a proposta que me fizeram através dela, a princípio somente ela iria resolver isso com a minha permissão mas insisti em ir com ela, voltei para casa me arrumar e Luan não estava no quarto. Possivelmente trancado no estúdio, nem o avisei e sai assim que terminei de me arrumar. Apenas deixei recado a minha tia e segui para o hotel pegar Regina e seguimos juntas para o restaurante marcado.
- Boa Noite - os cumprimentamos e logo nos sentamos fazendo nossos pedidos.
- Bom Carol queríamos estrear essa nova campanha com você sendo nossa modelo, o caché vai ser bom e se o seu marido topar poderá participar também, afinal o grande astro da música sertaneja vai ser papai não é?! - Ri concordando 
- Posso tentar o convencer - Sorri de canto lendo o contrato - Acredito que ele não ficará muito feliz em saber mais se ele participar pode ser que mude de ideia.
- Nada que uma boa conversa não o convença né - Piscou e entendi o que ele quis dizer ficando sem graça 
Após ler o contrato e entregar a Regina para que lesse também acabei assinando e torcendo pra que desse certo com Luan e ele aceitasse.
Nos despedimos logo e depois de deixar Regina no hotel e nos despedirmos pois na manhã seguinte ela voltaria para Londrina segui para casa.
 Cheguei e Luan não estava em canto nenhum, depois de o procurar lembrei do tal coquetel que ele havia falado e me xinguei por ter esquecido. Subi para nosso quarto e deixei minhas coisas ali e me troquei, desci e decidi ver TV enquanto devorava uma pipoca de microondas. Ouvi seu carro entrar na garagem e logo a porta de entrada de abrir, apenas o olhei completamente lindo de blaser e calça jeans e seu coturno preto de couro. Irritado ele parou a minha frente e cruzou os braços em frente ao peito.
-Custava ter me avisado pra onde ia e que iria ver Regina que está em São Paulo? 
-Ta atrapalhando meu filme da licença? - Ignorei sua pergunta.
- Não vou sair enquanto não falar comigo direito e responder minha pergunta - Pegou o controle e desligou a TV completamente irado.
- Que saco, eu fui ver a Regina sim e não te avisei porque eu não quis tá bom pra você? - Gritei me expressando também  - Agora da licença e me da esse controle - Puxei de sua mão e ele permanecia no mesmo lugar.
- Não vou sair daqui até você falar comigo direito, onde você foi com ela?
- Não te interessa Luan, da licença? - Tomou o controle de novo e desligou jogando o controle longe no outro sofá.
- Interessa sim senhora, você é minha mulher e me deve uma explicação de onde foi e com quem sim. Eu fui pro coquetel sozinho porque a minha mulher tava sabe Deus onde e fazendo sabe-se o que!
- Você tá insinuando o que? Ao contrário de muitas eu não preciso procurar fora o que eu tenho dentro de casa - levantei e segui para a cozinha sentindo ele vindo atrás.
- Todo mundo perguntou de você no coquetel e eu nem sabia o que dizer porque de você não ter ido.
- Eu fui me encontrar com a Regina no hotel que ela esta e depois voltei para casa me arrumei e fui jantar com ela e alguns promoters de umas marcas de roupas gestantes, satisfeito agora? - Cruzei meus braços irritada e gritando
- Não custava você ter me avisado? E você sabia bem que eu tinha esse coquetel e queria você comigo, mas como sempre sua assessora vem em primeiro lugar.
- Não tem nada de assessora em primeiro lugar, eu acabei me esquecendo do bendito coquetel e fui pra esse jantar de negócios.
- Tá vendo? Vai começar você se doando de corpo e alma ao trabalho e esquecendo o mundo ao seu redor.Você vai voltar a trabalhar mesmo sabendo que eu te proibi você ta gravida Caroline e quando elas nascerem vai ser pior porque não da pra levar elas, para com essa ideia de trabalhar.
- Não, não paro porque é o meu trabalho e eu vou continuar quer você queira ou não.Posso muito bem contratar uma babá ou uma enfermeira mesmo pra ficar com elas durante um período.
- Eu não quero saber de pessoa estranha cuidando das minhas filhas.
- Pode argumentar,gritar ou brigar a vontade que eu não vou mudar de opinião - Sai da cozinha uma fera e fui subindo as escadas enquanto ele me seguia.Parei no meio do percurso virando- me pra ele  - E só pra você saber eu vou estrelar uma campanha contra o aborto essa semana você deixando ou não - Voltei a subir e separei um pijama entrando no banho. Demorei um tempo deixando somente a água escorrer por meu corpo e comecei a sentir pequenas pontadas no pé de minha barriga, respirei fundo e pedi a Deus que não fosse nada. Tentei manter a calma e continuei meu banho, sentindo mais uma dessa vez um pouco mais forte e comecei a me desesperar. Começou a aumentar e eu me segurei na parede do box, senti algo quente escorrer por minhas pernas e tentava gritar mas a voz quase não saia. Gritei mais uma vez e nada, tentei sair do box e caminhar até o meu quarto e lá tentar chamar Luan. Ele passou pela porta feito furacão e olhou para minhas pernas branco e demorou a chegar até mim.

- Me ajuda Rafa - chorava de soluçar e ele pareceu cair em si me pegando no colo e levando até o quarto - Salva minhas bebês.
- Ca-Calma Amo-mor eu eu vou ligar pro meu... Pra Rayane - Me colocou na cama já embrulhada na toalha e pegou o celular, eu chorava baixinho deitada de lado e me contorcia a cada nova pontada. - Pronto a gente vai pro hospital mais próximo e a Rayane vai conseguir transferência para São Paulo. Fica calma - Passava a mão pelos cabelos nervoso e andando de um lado a outro.
- AAII! - Fechei os olhos com força e segurei na região que senti a pontada.
- Ai meu Deus que eu faço? - Me olhava desesperado e pegou-me no colo saindo do carro. - Ai porra preciso te vestir - Voltou para o quarto e em meio a dor eu ri de seu jeito atrapalhado. Me sentou na cama enquanto foi ate o closet e pegou uma roupa, me ajudou a vestir e logo desceu comigo.
- Ta doendo muito - Eu gritava a cada nova contração e ele me olhava nervoso e apertava mais o acelerador.
Chegamos ao hospital mais próximo e ele nem se importou com quem pudesse o abordar, um enfermeiro apareceu com uma cadeira e Luan me sentou ali segurando forte minha mão enquanto o enfermeiro nos levava para um quarto. Aplicou algum medicamento em mim e a dor foi cessando aos pouco.Me encaminharam as pressas para o Hospital particular em São Paulo e Rayane já me esperava, fez os exames necessários e me desesperava a cada nova contração.
- Calma Carol, se você ficar mais nervosa é pior. Tá tudo sobre controle agora, você vai pro quarto e eu já vou lá pra gente conversar tudo bem?! - Assenti tentando controlar o choro e me levaram para o quarto, Luan em nenhum momento se deslocou do meu lado segurando sempre a minha mão e mesmo com o olhar apavorado tentava me acalmar dizendo que ficaria tudo bem. - Carol, o que você teve é deslocamento prematuro de placenta,o que inclui qualquer separação da placenta antes do parto.
- O que isso quer dizer Doutora - Luan tentava entender, já eu estava sem conseguir segurar o nervosismo e o choro.
- Quando ocorro um deslocamento,o suprimento de oxigênio e nutrientes para os bebes pode ficar comprometido ocorrendo um sangramento, que é o que ela teve. Isso é perigoso tanto para ela quando para os bebês.
- Mas eles vão ficar bem? - Luan tentava segurar o medo e o choro engasgado e sua voz saia em um fio de voz.
- Bom Luan eu estou tentando dar o meu melhor, mas eu garanto que vão ficar bem, porém Carol você vai ser induzida ao parto prematuro. Infelizmente não há mais como segurar os bebês e teremos de fazer uma cesariana. Como médica eu preciso avisar todos os riscos, apesar de ela estar medicada e aparentemente estável seu quadro corre o grande risco de ter de escolher entre três vidas. A dela ou a dos bebês e eu não pensarei duas vezes antes de escolher a da mãe.
- NÃO - Gritei desesperada - Por favor se tiver de escolher, escolha os meu filhos Rayane por favor - Luan me abraçou chorando também e tentava em vão me acalmar.
- Eu não posso fazer isso Carol, me desculpa. Mas vamos todos torcer para que tudo aconteça da melhor forma. Eu vou chamar os enfermeiros para te prepararem e nos vemos em instantes, com licença. - Ela saiu e Luan me abraçou ainda mais forte. A dor começou novamente e eu estava em pleno desespero até a porta se abrir e duas enfermeiras entrarem, pediram que Luan se retirasse mais ele se negava, elas garantiram que logo o chamariam para assistir ao parto se quisesse, mas não podia ficar ali. Se despediu de mim chorando e seguiu para o lado de fora do quarto. Elas me transferiram para a maca que trouxeram consigo e logo me preparam para o parto.

Luan Narrando

Me fizeram sair de perto de Carol e encaminhado pra sala de espera, no caminho pedi em oração a Deus que nada acontecesse com nenhuma das três. Porém o desespero só me fazia pensar no pior que pode acontecer, lágrimas escorriam de meus olhos e me encostei na parede assim que cheguei na sala de espera.
- Filho! - Ouvi a voz de minha mãe enquanto me sentava no chão sendo escorado pela parede. Senti seu abraço e a apartei em mim chorando ainda mais - Calma meu amor - Ela me fazia carinho sem perguntar nada, apenas me deixou chorar e aliviar tudo que estava preso. Depois de me acalmar vi que ali estavam meu pai, minha irmã chorando em seu ombro e minha sogra com um dos irmãos de Carol. Abracei a todos e só depois vi meu segurança sentado no canto daquela sala, apenas fiz um aceno de cabeça e comecei a contar a todos o que estava havendo. Minha sogra me abraçou de lado e me confortava. Juntos fizemos uma corrente de oração e nos sentamos esperando que eu fosse chamado para o centro cirúrgico.
-Que demora cara, to agoniado - Andava de um lado a outro.
- Calma filho, eles estão preparando ela já já eles vem te buscar - Assenti pra minha mãe e sentei ao seu lado beijando seu rosto e pegando sua mão entrelaçando-a com a minha. 
Mas longos minutos se passaram até a mesma enfermeira que me pediu para sair do quarto abriu a porta e me chamou. Recebi um boa sorte de todos e segui com ela onde me preparei e em seguida entrei no centro cirúrgico. Carol estava sendo emparelhada e recebendo anestesia já. Beijei sua testa e segurei forte sua mão.
- Vai ficar tudo bem, eu te prometo - Sussurrei pra ela e logo selei nossos lábios - Eu te amo.
- Eu te amo muito - Em um fio de voz ela me olhou penetrante - Se algo me acontecer, cuida bem delas. - Sussurrou fechando os olhos e lágrimas escorriam de seu rosto, limpei-as
- Shiu! não diz bobagem, vai dar tudo certo. Confia no médico dos médicos. Vai ficar tudo bem e vamos ser enfim a família que sempre sonhamos - Selei nossos lábios novamente e logo Rayane veio conversar conosco antes de começar. Perguntou sobre a filmagem que queríamos fazer durante o parto e ela autorizado, porém com tudo que aconteceu acabamos nem conversando isso com o Roberval. Ela disse que não haveria problemas e que um dos instrumentadores poderiam filmar do celular mesmo e eu agradeci. 
Ela se preparou e deu inicio ao parto, ao ver todos aqueles instrumentos ao lado dela e imaginando eles sendo usados na minha mulher me apavorava.Pedi forças a Deus e me agachei ficando com meu rosto próximo ao de Carol e beijei sua testa demoradamente. Assisti ao parto inteiro e curioso sempre dava uma espiada por cima do lençol que cobria a visão de Carol, porém desistia ao ver o quanto de sangue e o tamanho do corte que Rayane fazia em sua barriga. Carol olhava meio atordoada para todos os lados com a movimentação dos instrumentadores e eu sempre buscava sua atenção para que ela se mantivesse calma. Depois de um longo tempo vi nas mãos de Rayane uma das bebês levando um tapa na bunda e um choro ecoar pelo cirúrgico, Sorri já sentindo as lágrimas e queria ir até onde ela estava, mas assim que pisquei uma enfermeira pegou ela no colo e colocou na balança. Mas alguns minutos e a ultima bebe saiu e parecia que tinha algo de errado, ela mesmo levando tapas no bumbum não chorava. Uma enfermeira a tomou nos braços e fez o mesmo procedimento e assim se ouviu um chorinho. Elas sumiram com as duas por uma sala e eu fiquei procurando, olhei minha mulher e ela chorava completamente atordoada procurando também onde elas estavam. Aos poucos fui sentindo que a mão de Carol pesava amolecendo e seus olhos já começavam a fechar. O aparelho ao seu lado apitou ensurdecedor e ouvi Rayane gritar por hemorragia. 
- Tirem o Luan daqui - Ela disse e logo um enfermeiro se pôs ao meu lado, tentando me arrastar para fora, eu gritava o nome de Carol e não a soltava por nada. Ele me soltou bruscamente dela e me arrastou para fora do centro cirúrgico, me estatelei no chão e tapei o rosto com as mãos chorando.
- Eu vou chamar algum de seus familiares - Ele me disse e eu nem o respondi, continuei do mesmo modo até sentir o calor e o cheirinho da minha mãe me jogando em seu colo e chorando ainda mais.






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"Eita que a coisa ficou preta, que lindooooo as gêmeas nasceram antes da hora. Mas será que vai acontecer alguma coisa com elas e a Carol? :X Torçamos para que tudo de certo. Espero que tenham gostado do capitulo bem tenso, mas foi preciso pra fazer com que a fanfic não fique mais tão monótona e muito chata. Volto em breve meus amores, se tiver mais de 10 comentários eu volto ainda essa semana, senão só Deus sabe quando vou postar :X Esse capitulo merece que tenham mais de 5 né?! Tá nas mãos de vocês eu voltar logo ou não. Beijoos"


12 comentários:

  1. SUA DESGRAÇADA!!!! EU VOU MATAR VOCÊ ANTES QUE VOCÊ MATE UMA DAS 3! EU QUERO ELAS BEM, PRINCIPALMENTE EU MESMA, QUE ODIOOOOOOOOO!

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  2. Socorro oq dizer depois desse capitulo. Quero todas bem viu?! Contt bjos

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  3. Muie acabei de ler toda a fic se que me mata do coração mesmo continua logooo quero tds bem a Carol viva ta bjus

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  4. Mds! Que cap tenso. Enfim as gêmeas nasceram. Espero que as três fiquem bem r vao ficar. SE NAO FICAREM BEM LHE PEGO SU. Tadinho do Luan :/
    Ta desesperado, nao sabe o que faz. Quero mais! BjosS!

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  5. Pf cont eu imploro preciso saber como elas vão ficar pf! Tomar e q no de nada errado, sozinho do meu menino :'( pf cont nega no dmora no ou eu infarto kkkk cont cont cont...

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  6. Isso é sacanagemmm das grannndesssss posta hoje pelo amor de Deus que eu to agoniada aquiiiiiiiiiiiiii

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  7. Dona Susan, acho bom acabar tudo bem, ok ?! ok!
    Brunna

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