Capituo 93

Uma Semana Depois

As coisas entre mim e Luan estavam de mal a pior, mal nos falávamos e quando isso acontecia era briga na certa. Então decidi não mais atender suas chamadas e nem o ligar, nossa ultima briga foi por conta de ele ter ido a uma bendita balada com os amigos sem me avisar e eu acabei vendo fotos, já que suas fãs me marcavam. Minhas noites eram somente de choro e mais choro, mal tinha apetite e o rosto marcando olheiras fundas.

- Nem quilos de maquiagem vão tampar essas olheiras horríveis Caroline e daqui a pouco temos que estar na agencia, quero só ver o milagre que eles terão de fazer pra esconder isso – Regina vivia irritada por conta dos hormônios da gravidez e ficou irada por ver como eu andava agindo ultimamente. Dei de ombros e continuei comendo meu café da manha. Ela terminou o dela e se levantou me olhando feio e seguiu pra seu quarto parando na porta da cozinha – cinco minutos estamos saindo.

Chegamos ao estúdio onde iria gravar, seria um comercial de cosméticos e  registrada com meu nome, minha marca. Gravei com o pensamento longe e forçando o sorriso o máximo que consegui para fingir que estava tudo bem, as olheiras o maquiador sofreu para conseguir escondê-las e depois teria de ser bem editado o vídeo antes de ir para o ar. Chegamos a casa e eu decidi ir dar uma corrida, precisava ficar sozinha e respirar ar puro. Arrumei-me e peguei o Ipod deixando o celular carregando e sai rumo ao Ibirapuera, onde eu amava sempre correr. Havia abandonado a academia por conta da correria e decidi que ia voltar com força total agora com minha agenda mais leve. Corri por mais de uma hora e quando ficou escuro decidi voltar pra casa por medo do perigo de andar sozinha. Entrei no carro e voltei pra casa, quando cheguei tive uma surpresa. Ele estava ali na sala e quando me viu fechando a porta atrás de mim parou a conversa que batia com Regina e Guto me olhando friamente. Por um momento me assustou, porém não me deixei intimidar e após cumprimentar Guto segui para o quarto ouvindo apenas uma boa sorte de minha assessora e passos apressados atrás de mim.

Entrei no quarto já retirando os shorts,o tênis e a regata ficando apenas de Top e calcinha, o ouvi suspirar fundo e a porta sendo fechada.

- Carol...

- Não quero conversar agora – Falei grossa o interrompendo enquanto andava pelo quarto procurando o que iria precisar pro banho.

- Carol, Por favor, não faz assim. Para de bancar a criança e vamos conversar como adultos?! – Respirou cansado e sentou na cama mexendo no cabelo.

- Eu sou criança? - o olhei indignada – Tudo bem então! – Entrei no banheiro e bati a porta com força a trancando. Lágrimas já começavam a querer tomar conta de meu rosto porem eu não me permiti chorar perto dele, tomei um banho demorado adiando ao máximo a nossa conversa. Quando não tinha mais por onde enrolar abri a porta e sai, o olhei e ele continuava da mesma forma sentado na cama mas com a cabeça encostada na cabeceira e olhando para o teto. Nossos olhos se encontraram e eu desviei seguindo ate o guarda roupa guardar meus produtos de higiene. Senti seu corpo atrás de mim e fechei os olhos com seu toque em meus braços e seu hálito próximo demais a mim.

-Vamos conversar como gente civilizada Carol e não adianta você tentar fugir – Respirei fundo e soltei suas mãos dos meus braços fechando a porta do guarda – roupas e segui para a varanda com ele atrás.

Sentei no sofá e esperei que ele fizesse o mesmo a minha frente. Continuei calada e apenas o encarando com o semblante sério e ao mesmo tempo magoada.

Com a cabeça baixa e mexendo os dedos ele respirou fundo antes de começar.

- Que está havendo com a gente? - Me olhou triste – A gente mal tem se falado e quando isso acontece só sai briga, isso desgasta demais um relacionamento Carol e não é isso o que eu quero pro nosso.

- E você acha que é o que eu quero? - Minha garganta se fechou num nó – Eu odeio brigar com você mais o que você fez eu não aprovo.

- Eu sei que eu errei em ter ido e mais ainda sem te avisar, mas eu tava exausto da correria com o Dvd e precisava espairecer um pouco.

- Engraçado que se fosse eu você faria uma tempestade, eu to cansada Luan. Cansada de brigar, discutir sempre pelo mesmo motivo e mais ainda dessa distancia que ta havendo entre nós.

- Aonde você quer chegar com isso? - Me olhou com dor no olhar.

- Você entendeu bem onde eu quis chegar – Lágrimas já começavam a escorrer sorrateiramente por meu rosto e um aperto no peito me dava ao perceber aonde eu realmente estava chegando com essa historia.

- Você ta terminando comigo? Carol, por favor, não precisa chegar a isso. – Me olhava suplicando

- Eu cansei Luan, não aguento mais briga.

- Amor, se é por causa da balada eu prometo – se ajoelhou a minha frente com as mãos nas laterais do meu rosto – Eu te juro que não saio mais pra lugar algum sem você. Mas por favor, não isso, não faz isso com a gente – Me cortava o coração vê-lo chorar mais eu não iria ceder assim, nosso relacionamento ganhou a primeira crise em menos de um ano de namoro.

-  Não é só por causa da balada Luan, são outros inúmeros motivos que eu não quero continuar. Ta doendo em mim ter que fazer isso mais eu sei que assim será melhor. Será melhor pra nós dois.

-Não! É melhor pra você, pra mim não. O melhor pra mim é do seu lado, é com você. Te amando e sabendo o quanto você também me ama – Ele fechou os olhos apertando-os em sinal de dor – Você não me ama mais é isso? - Me olhou e agora seu rosto estava inundado e mais uma vez meu peito apertou.

- Não, claro que não. Eu amo você e sempre vou amar mais desse jeito não da pra continuar Luan eu não quero um namoro por telefone e se vendo só quando dá. Eu quero o namoro que tínhamos até um mês atrás.

- Então vamos mudar isso amor, por favor, vamos mudar juntos e voltar a ser como antes – Sua voz era de desespero – Eu prometo que vou dar um jeito na minha agenda e passar mais tempo livre e a gente pode viajar só nós dois e... – O cortei.

- Luan não – Fui dura respirando fundo – Eu realmente não vou mudar de ideia, não é um término definitivo é apenas um tempo. Um tempo pra nós dois refletirmos sobre tudo que está acontecendo entre a gente.

- Carol, por favor, não – Ele soluçava de chorar e me olhava enquanto apertava meu rosto em suas mãos novamente – um tempo num relacionamento é só o antecedente do término. Não faz isso com a gente, eu to pedindo, to implorando pra você não acabar com o que a gente construiu até aqui. Mês que vem a gente faz um ano de namoro, por favor, não joga fora tudo isso.

- Luan... – Eu não conseguia terminar estava engasgada

- Carol, não desiste da gente. Eu não sei mais o que é viver longe de você, não faz isso – Sua voz quase não saia mais e ele me apertou num abraço e chorava baixinho próximo ao meu pescoço – Eu nunca amei mulher nenhuma como eu amo você, sei que eu errei e venho errando de uns tempos pra  cá mais eu quero reparar meu erro, quero mudar por você, por mim e por nós.

- Luan não vamos dificultar as coisas. Vai ser melhor pra nós dois – Tentava ser o mais sensata, porém meu coração não colaborava. Minha mente queria uma coisa e ele outra completamente diferente.

- Não, pode ser melhor pra você, pra mim o melhor é ficar ao seu lado – Ele me olhou e eu passei as mãos por seu rosto limpando suas lágrimas e me peito apertava cada vez mais, e eu não queria fazer aquilo mesmo sabendo que era preciso. Seria o melhor a nós dois. – Eu te amo, amo muito e não quero isso. Eu nunca chorei por mulher nenhuma como eu choro por você, há anos eu não me sentia tão feliz como eu sou feliz do seu lado, eu nunca dormi pensando num sorriso como eu durmo pensando no seu, eu nunca me apaixonei de verdade por ninguém. Você me mudou Carol, você mudou a minha vida e eu não quero mais ninguém além de você, não quero continuar se não for com você do meu lado. – Suas palavras me desarmaram e eu não sabia mais o que fazer. Ele colou sua testa na minha e chorava ainda, baixinho e no desespero eu grudei minha boca na sua e fiquei esperando a sua reação. Uma de suas mãos foi para minha cintura e a outra em minha nuca e nos beijamos lenta e carinhosamente denunciando ali o quanto um amava o outro.

- Eu te amo muito – Acariciei seu rosto com nossas testas ainda coladas.

- Desisti disso, por favor, desiste de me deixar Carol eu não posso e nem quero ficar longe de você – Desesperado começou a chorar novamente.

- Shiu! Esquece isso, eu nunca vou te deixar. Nós vamos melhorar juntos está bem? - O olhei e ele assentiu. O beijei novamente e ainda nos beijando fui conduzindo nossos corpos até a cama onde nos amamos por horas mandando toda a saudade e a crise embora fortalecendo ainda mais o nosso elo.

 "Olá!!! Esse capitulo doeu em mim ter de escrever rsrs mais foi preciso. Eles não terminaram Aeeeee lkkkkk mais agora vem emoções fortes por ai hein?! Hoje eu não prometo que poste antes da 00:00 mais eu posto ainda. To escrevendo e se sair antes do horario de eu ir pra festa da minha prima eu posto senão só depois que eu voltar. Espero que gostem beijoos "