Um Mês Depois
Luan estava em turnê a mais de uma semana e eu havia feito
algumas campanhas para grifes de shopping em São Paulo e estava descansando o
fim de semana em casa. Regina estava na casa de sua mãe e vez ou outra me
ligava pra saber se eu estava bem sozinha. Eu fazia o mesmo com Tati que a cada
dia que passa sua barriga está maior e segundo ela mais pesada também, a pedido
de Rober sempre passava em seu apê pra ver se estava tudo bem com os dois e
como era no mesmo prédio que o meu passava horas com ela e sempre nos
divertíamos juntas.
Em uma noite de domingo havia almoçado com Tati e passado o
dia ao seu lado, após tomar um banho e me preparar para ver um filme recebo um
telefonema seu onde ela chorava sem parar e eu mal conseguia entender o que ela
falava.
- Calma Tati respira que eu já to chegando ai pra te levar
ao hospital – Em meio ao choro consegui entender que ela estava com dor e sua
bolsa havia estourado. Enzo estava prestes a nascer. Troquei-me rapidamente e
peguei minha bolsa junto com as chaves do carro e enquanto chamava o elevador
trancava correndo a casa e tentava ligar para Roberval que só dava caixa
postal. Pelo horário eles provavelmente estavam a caminho do show, pois ainda
eram 21:00 da noite.
Tentei meu namorado que na terceira tentativa atendeu.
- Carol, aconteceu alguma coisa? - Ouvia a voz de Rober
assustado por ligar àquela hora sabendo que Luan estava em show.
- Ai Rober graças a Deus – Respirei fundo enquanto descia ao
andar de sua casa – Aconteceu, a Tati... a Tatiane, o...o ... Enzo... – falava
completamente afobada
- Calma Carol, fala devagar e respira, aconteceu alguma
coisa com a minha mulher? - Sua voz agora parecia nervosa
- Aconteceu – abri correndo a porta de sua casa enquanto
ainda estava no telefone com ele e encontrei a Tati sentada no sofá com a roupa
toda manchada de sangue e chorando de dor – O bebê... o Enzo vai nascer Rober.
To levando ela pro hospital agora
- Ai minha nossa senhora,
nossa senhora da bicicletinha – Ele repetia isso varias vezes seguidas –
Eu...Eu... to... nem sei mais onde eu to.- Dizia perdido - Eu to... indo prai Carol, cuida deles por
favor. – Falava desesperado
- Pode deixar vem com cuidado – Nos despedimos e ajudei Tati
a se levantar e após pegar suas coisas e as do bebê seguimos para meu carro
direto para o hospital.
Chegamos ao hospital e um enfermeiro me ajudou a coloca-la
numa cadeira de rodas e seguiram por um corredor onde não me permitiram que
passasse. Esperei até sua obstetra vir comunicar que dali no máximo 50 minutos
entraria com o trabalho de parto esperando somente sua contração mais forte.
Desejei que Rober chegasse a tempo de assistir ao parto de seu filho como ele
já havia planejado. Meia hora depois o vi entrando correndo pelos corredores do
hospital perdido, chamei sua atenção e o apressei para que pudesse se aprontar
para entrar no centro cirúrgico. Estava angustiada com a demora, pois já fazia
longos minutos que Rober havia entrado naquela sala e via enfermeiros saindo e
entrando a todo o momento e a angustia foi tomando conta ainda mais. Quando a
porta novamente abriu e vejo meu compadre saindo todo feliz e radiante com os
olhos brilhando não perdi tempo e o abracei forte parabenizando pelo novo
anjinho do casal.
- Ele é lindo demais Carol – Falava enquanto lagrimas
escorriam de seus olhos
- Eu imagino Rober, Parabéns Papai – Abracei mais forte – Já
pegou no colo?
- Não ainda, eles o levaram para limpar e pesar e daqui a
pouco vai para o berçário e poderemos ver ele – Sorria bobo. Passava das duas
da manha quando saímos do berçário e seguíamos para o quarto de Tati para lhe
dar um beijo.
- Você já avisou os pais dela? - Perguntei a Rober enquanto
andávamos pelos corredores a procura do quarto.
- Já, eles estão vindo logo pela manhã pra conhecer o neto e
visitar a filha. Eu queria lhe agradecer por tudo Carol – Rober me parou antes
de abrirmos a porta do quarto – Quero te agradecer por ter socorrido a minha
mulher e ter a ajudado, obrigada mesmo. Nós não poderíamos ter escolhido
padrinhos melhores pro nosso filho que não fosse você e o Luan.
- Imagina Rober – O abracei – Nós somos imensamente gratos
por vocês terem nos dado essa dádiva – Sorri e entramos no quarto.
Tati estava dormindo então apenas deixei um beijo em seus
cabelos e conversei mais um minuto com Rober e logo me despedindo,na manha
seguinte estaria de volta para visita-la.
-Oi Amor – Atendi assim que abri a porta de casa.
- Oi princesa, deu tudo certo? eles estão bem?
- Deu meu amor, nosso afilhado é a coisa mais linda desse
mundo.
- Ai que bom meu amor, mais me diz que ele não se parece com
o testa e nem que herdou aquela testa gigante dele – Eu ria de seu jeito brincalhão.
- Ele é a cara da Tati amor, do Rober só herdou o nariz e a boca.
- Ufa, ainda bem que meu afilhado não vai sofrer por ter
puxado o pai – disse aliviado
Conversamos mais alguns minutos e acabei adormecendo após
ele cantar uma de suas musicas para mim e antes de entrar no sono profundo ouvi
suas ultimas palavras me fazendo sorrir.
- Eu te amo minha princesa
Acordei com algo molhando todo meu rosto e sorri ao ver meu
namorado me acordando com beijos molhados.
- Bom Dia bela adormecida – Disse risonho
- Bom dia – Respondi escondendo meu rosto no travesseiro
- Levanta preguicinha, já são quase três da tarde e você
esta nessa cama ainda – Tirou minha coberta e puxou minha mão me fazendo sentar
na cama. O dei um selinho e segui para o banheiro fazer minhas higienes. Depois
de almoçar e me arrumar seguimos juntos para o hospital onde meu namorado não
desgrudava do bebê desde que o pegou no colo quando chegamos.
- Carol tá na hora de você dar um filho pra esse boizera
devolver o meu – Rober cruzou os braços fingindo estar bravo. Luan me olhou com
um sorriso de orelha a orelha e eu apenas fiz o mesmo.
- Quem sabe mais pra frente Rober, o Futuro a Deus pertence –
Luan estava completamente encantado com Enzo, parecia até que era seu filho.
Ficamos mais alguns minutos com eles e depois nos despedimos.
- Onde estamos indo? - Perguntei ao ver que Luan fazia caminhos
desconhecidos que não nos levava a minha ou a sua casa.
- Você confia em mim? - Apertou minha coxa suavemente
- De olhos fechados – Ele sorriu
- Então você vai gostar da surpresa – Não me atrevi a perguntar
nada pois sabia que ele não falaria.
Rodamos pela estrada por mais ou menos uns 50 minutos até
chegar em mais uma estradinha de terra, Luan estava tão concentrado na direção
e com a ajuda do GPS nos levou certinho até onde ele queria.
Ao que parecia era uma chácara muito bem localizada e com uma
paisagem incrível ao seu redor. Luan parou o carro próximo a um campo de
futebol e abriu sua porta descendo e gentilmente abriu a minha para que eu
fizesse o mesmo.
- Que lugar lindo amor onde estamos? - O olhei
- Bem vinda a Brotas meu amor, vamos fazer ecoturismo – me
abraçou de lado e eu sorri – Vamos acampar aqui por 4 dias só nós dois o que
acha?
- Sério? - pulei em seu pescoço abraçando forte e ele riu –
Você é incrível amor – Nos beijamos e quando Luan me soltou no chão me puxou
pela mão me levando pra conhecer tudo ao redor daquela linda chácara.
" estão preparadas para o próximo capitulo? Logo logo vem um Hot ai, Alguém quer? rssrsrs"
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